Ás vezes minha única vontade é sumir. Me esconder para realmente ninguém me achar. Seguir um caminho sem volta e por lá tudo recomeçar. Ir para um lugar onde ninguém me conheça e onde não acharei nenhum rosto conhecido. Só que o máximo que faço é refugiar-me em um local de fácil acesso, onde todos sabem onde fico.
Por lá, encontro rostos amigos, pessoas com os mesmos problemas. Nesse momento de reclusão, minha única vontade é o silêncio e nada mais. Mas os mesmos rostos permanecem a querer puxar assunto ou mesmo desabafar e não percebem a vontade da outra pessoa.
Gosto de me sentir assim. É o período mais fértil e intenso que vivo. É quando as idéias brotam quase que por brincadeira e com sinceridade. Nesse período, dizer que estamos felizes é uma irônia, mas é a realidade. Quando nos olham nesse momento, sinto que as pessoas querem mesmo é chorar, desabafar e contar-nos todos os problemas existentes. E assim, atraímos o que estamos sentindo, como um imã mesmo. Vamos aprendendo, construíndos elos e histórias. Mesmo que com finais felizes e contextos iguais, percebemos que momentos assim são essenciais e oportunos em algum periodo de nossas vidas.
Por mais que você se sinta assim e obrigue-se a falar que não, esqueça. O olhar diz absolutamente tudo. O que faço quando estou imersa neste mar de incertezas? Vou fundo, pois só assim saberei realmente a verdadeira profundidade da minha vida.
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