quarta-feira, 13 de julho de 2011

Conto (d)a minha vida

Sou aquilo que você realmente imagina. Triste, alegre. Positiva, negativa. Boa, má. Feliz, infeliz. Sou os extremos em poucos segundos. Vivo de leste a oeste e de norte a sul em 24 horas. Nunca sou completa, embora sinto que completo muitos espaços vazios em minha vida. Muitos falam que sou rebelde, mas nem sempre encontro a verdadeira causa. Na verdade, sou tudo isso e mais um pouco. E esse pouco significa apenas quem sou. 

Minha insatisfação não é com o meu exterior. O meu interior é que anda em uma tremenda guerra.  Meu avô morreu com 98 anos (pelo menos era o que estava em sua certidão de nascimento) e nunca o vi reclamando da vida. Ele passou por todas as privações possíveis e imaginárias, mas nunca se deixou abater com nada. Tá bem certo que os tempos são outros e que hoje temos milhões de oportunidades que antigamente nem se pensava em existir. Mas não quero aqui ficar comparando momentos e situações de vida. Quero apenas colocar que apesar de viver tempos difíceis, ele nunca desistiu da vida. Somente quando sua vida foi tirada, com a morte do meu tio, aí sim, ele meio que se desprendeu de tentar algo mais enquanto ainda estava aqui. 

Vivemos tempos complicados atualmente. Mas nada que não se resolva. Nada de drama, nem neuroses. No nosso caso, temos opções além da conta e para pessoas extremamente indecisas como eu, vira um quebra cabeça querer encontrar algo que nem ao menos se sabe o que é. 

A indecisão que falo não é simplesmente não saber o que quer da vida. É indecisão com a própria vida. Hoje, pelo que leio, temos sim a opção de sermos felizes. Basta que façamos o que temos que fazer. Viver com tudo o que a vida nos oferece. E isso inclui no pacote frustrações, inseguranças, medos, alegrias, sucesso, coragem e vontade. 

Mas a minha grande dúvida é a seguinte: por que ainda temos a idéia de que a vida pode ser um grande conto de fadas? Que vamos acordar pela manhã, sairemos e no meio de uma grande avenida movimentada de uma pequena cidade ou até de uma metrópole, encontraremos nosso príncipe encantado e viveremos felizes para sempre. 

Temos em nossas vidas, experiências de que nada é fácil, e mesmo assim, continuamos a reclamar das grandes dificuldades que a vida nos proporciona. Será que nunca aprenderemos as lições que lemos nos livros de auto ajuda?  Eu mesmo estou fazendo isso agora, lendo um livro e reclamando da situação que me encontro agora.



3 comentários:

Anônimo disse...

ca estou eu again...
agora, alem de elogiar sua narrativa, queria lhe confidenciar o quão parecida vc é com minha ex-mulher e como a cronologia de sua história, se é fidedigna as datas dos posts, coincide com a minha e a dela... eh como diria o sabio, q mundo pequeno, nao...
hehe
bjs

bruno ribeiro

Unknown disse...

Bruno,
tudo fato! nem uma mísera mentira...(in)felizmente!!!
agora a comparação com a ex-mulher, é bom ou ruim??..hehehehehe

bjs
camila

Anônimo disse...

nem um nem outro, apenas constatação...
mas talvez ruim...
hehe
bjs

bruno ribeiro