Estou vivendo uma fase onde ainda estou buscando algumas respostas. Algumas perguntas já reformulei e encontrei o que queria, mas outras, confesso estar bem difícil achar o que melhor se encaixe.
Dia dos namorados, dia dos pais, dia das mães, dia das crianças, são datas apenas comemorativas para o comércio e oportunidade de emprego para outros. Pois bem, confesso não entender esse fascínio que temos em ter que comemorar tudo. Sou daquelas que ainda falam que dia das mães e dos pais é para serem comemorados todos os dias. Dia das crianças não gosto muito, porque existe a intenção de acostumar mal a criança em relação ao presente. E dia dos namorados, então. Vejo hoje o relacionamento como carência. As pessoas ainda tem uma extrema necessidade de se sentirem completos quando tem a companhia de outra pessoa. Nunca consegui entender essa necessidade.
Estar com alguém, pelo menos é o que acho, não é para você preencher um vazio e sim dividir. Muitos hoje querem exclusividade, mas antes de iniciar a relação, para os dois, existia uma vida inteira, com acontecimentos, pessoas, experiências, certo? E deixar de fazer tudo isso depois que começa um namoro, humm, não gosto disso. E se não der certo? Você se distanciou de suas amizades, parou de fazer o que sempre quis. Mas aí é fácil, é só voltar a fazer tudo de novo. Certo? Daí você começa um outro relacionamento e faz tudo de novo. Entendem o que quero dizer?
Quando converso com meus amigos e exponho esse ponto de vista, logo instala-se aquele silêncio. Olhares, sorrisos sem graça, até que um cria coragem e começa a falar coisas do tipo: "Ah, você só fala isso porque nunca amou ninguém de verdade!" Ou, outra em que dizem: "Mas o que é um namoro pra você? Se é para ter a vida que você quer, fique solteira, então."
Vejo hoje como meu pensamento incomoda algumas pessoas. E quando tenho a oportunidade de expor, aí sim as coisas ficam mais tensas. Posso dizer que hoje acredito no respeito, na educação e acima de tudo no direito. Para duas pessoas poderem ser felizes, acredito que esses três itens são fundamentais. Não deixarei nunca meu futuro marido perder contato com suas amizades, perder um compromisso que sempre teve, muito menos deixar de fazer coisas que sempre fez. E exijo o mesmo.
Antes mesmo de conhecer um estranho e colocá-lo na minha vida e chamá-lo de amor, primeiro preciso saber quais minhas prioridades. Não quero nada mecânico, muito pelo contrário, quero algo natural. Não quero sentir a obrigação de um relacionamento. Felicidade a dois exige apenas isso, naturalidade e não obrigações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário